Flor sem ser Regada

Quando escrevo, não escrevo por escrever... Quando escrevo, È uma forma de tentar libertar os meus pensamentos mais obscuros, É uma forma de descarregar os meus pensamentos mais duros, Como se cada corte que faço na minha alma, que por vezes me acalma e alivia a minha dor fosse a resolução para tudo... Reajo sempre como se fosse o fim do mundo. Cada cicatriz que fica no meu corpo e gravada na minha pele, tem um sentimento triste, amargo e gravemente cruel.

Palavras...

Que são ditas ao acaso e que denunciam um grande fracasso... Disfarçado por uma grande vitória, e por falsos sorrisos que me saem do corpo e não da mente. Na minha cabeça se repete todos os dias a minha estúpida história como se o meu corpo se deixasse levar e se entregasse à minha memória. Quero livrar-me destes pensamentos que me enchem de tristeza e solidão, Quero ultrapassar este momento pois só sinto na minha alma um forte trovão que me eletrifica todos os dias e me corta como se ficasse sem coração. Um corpo moribundo que existe por existir e que vive por viver. As vezes sinto-me sem vida e a morrer.. Sinto sempre Que algo havia a fazer e que isto não passa de um pesadelo, que passará um dia quando alguém me vier dizer que tudo não passou de histórias da minha cabeça, nas eu sei que tudo faz parte de uma dura realidade e que não querem ver o que aconteceu de verdade. Assim me engano todos os dias tentando-me convencer Que já não há saída, que a solução virá um dia quando eu morrer. Pois para sempre ficará uma frieza no coração... Será que é egoísmo? Será egocentrismo? Mas acho que egocentrismo Não será de certeza Porque tento desviar sempre todos os olhares de mim, Para não perceberem a minha tristeza. Todos os dias morre um pouco de mim, como uma flor que não é regada e se torna feia no meio de um lindo jardim. Mas ficando sempre a esperança que amanha será um dia melhor e que do meu coração desaparecerá este triste sentimento...


Data: 03 de Junho de 2010